Mutucas, Pneu, Borboleta e Vitamina D

Ontem sai para pedalar com meu pai. Achei bem estranho a gente ter conseguido sair da garagem. Sempre que tento fazer tal coisa chove, o PCC faz um toque de recolher e um grupo alienígena de dinossauros invadem a terra.

Enfim, o plano era irmos até Paranapiacaba, estava indo tudo bem não fosse elas, da ordem dos diptera, as "Mutucas". Você pode dizer "O Carlos é fresco. Tem medo de tudo". Mas dessa vez foi demais, até meu pai estava reclamando, era possível as ver nos perseguindo na sombra.

Teve uma que me atacou de tal forma, que quando estava indo embora, perguntei onde estava o meu suco e meu pão com mortadela. Depois de doar tanto sangue o mínimo era ter um lanche.

Quando já tínhamos pedalado uns 6 km, o pneu da minha bicicleta furou.
Sem problemas! Somos prevenidos. Temos, bomba de ar, remendo e ferramentas. Só não esperávamos que a bomba de ar quebraria na primeira bombeada. Bora voltar pedalando 6 km com o pneu furado.

Enquanto quicava no banco da bicicleta, eis que surge uma borboleta. Voltemos a frase "Tem medo de tudo", só que dessa vez eu tive motivos para ter medo. A borboleta queria ter relações sexuais comigo. Ela entrou na minha bermuda e não queria sair. Sorte que eu não estava de samba canção.

Eu achei estranho, a um nível ridículo, meu pai sair pra pedalar de calça jeans. Segundo ele, ele só se sente bem pedalando assim. Mas depois da aparição da borboleta, eu até o entendo.

Pelo menos eu tenho Vitamina D acumulada para no mínimo uns 5 anos. O sinal dessa minha super-dosagem é a vermelidão que está presente em boa parte do meu corpo.

Moral a história:
Gostava mais quando o grupo alienígena se juntava ao PCC e não deixava eu sair pra andar de bicicleta com meu pai.